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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Do roubo nosso de cada dia, livrai-nos hoje




Todos os dias saímos de casa bem arrumados, perfumados e embevecidos pela imponência do sol a clarear nossos dias. Quem dera a luz da justiça humana possuísse raios tão transversais quanto os que nos iluminam ao amanhecer. Continua o percurso até a porta, fala com a mãe, abraça-a como quem não sabe o resultado da trajetória que fará. E quem o sabe?

Os pensamentos vez em sempre divagam desse estado e alcançam o Alfa, o olhar fatigado contempla a dimensão divina implícita nas miudezas da vida. Até que um mal elemento se aproxima, e coitado! Rendido, entrega-lhe o pouco que tens. Há outra saída? Sim. A morte. Fim ultimo da vida, ela é uma incógnita ainda não desvendada pela razão humana, mas e depois de morrermos de que valerá toda a ciência, a beleza, a arquitetura das palavras, e as imensuráveis graduações? A bala que transpassa o corpo é como a adaga que fere a alma. Finda-se as forças. Fim da vida.  

É certo que todo dia morremos. Os nossos dias são verdadeiras cruzes. Cada dia carregamo-las. O quarto é o calvário e a cama o túmulo, porém, todo dia também ressuscitamos e tal graça, leva-nos a compreender o mistério que reside entre Alfa e Ômega, principio e fim. É uma espécie de reticências cotidiana que pedem essencialmente contemplação. Perdoe quem rouba algo de você. Mas nunca deixe mesmo é que lhe roubem de você.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

O dom mais sensivel


Caríssimos como é bom, olhar para o céu e contemplar a sua beleza. A simplicidade da vida e enxergar nisso a realização de um olhar fatigado, pelas pedras que encontramos nessa difícil caminhada. Por isso, somos tão repletos de dons. Eles nos capacitam a enxergar o mundo, por um prisma diferenciado, instiga-nos a mudança e compreender nossas fraquezas de forma a tornar-nos, superiores as adversidades.

Em meio a tantos dons, concedidos pelo Espirito Santo, somos repletos de Sabedoria, Ciência, Fortaleza, etc.  Mas, fico a questionar-me, Qual seria o dom mais sensível. Aquele capaz de nos desestabilizar completamente. Abrir mão das crenças, não sentir mais presença divina, desmembrar a trindade e torna-se ego, apenas e somente apenas, isso. Este dom é compreendido em uma pequena palavra, que transcende a humanidade. FÉ.

A sensibilidade desse dom está, sobretudo em suas conotações. A sua maneira de crer é diferente que a da sua mãe, que é diferente da do seu vizinho, que se difere de tantas outras pessoas existentes. É uma variação de possibilidades, semelhantes ás genéticas. Logo, cada um tem a sua maneira de se religar com o Divino. E aqui está o X da questão. A experiência da fragilidade nos visita, quando somos incapazes de enxergar o transcendente. É uma espécie de Eu cego que incomoda como espinha na carne, martirizando e impedido a aproximação com algo maior. A fé é dom de Deus. Ninguém começa a crer do dia pra noite por desejo próprio. Portanto faz-se necessário que peçamos ao Pai celestial, que nos conceda esse dom em proporções infinitamente maiores que nós. Pois esta graça nos supera. E é bom mesmo que aconteça, certos acontecimentos místicos, não carecem de serem descobertos.

A fé pode se manifestar em sua vertente mais ingênua e por outro lado, mais crítica. E a sua certeza, em qual parâmetro se encontra? Se por um lado esta é ingênua, parabéns. A beleza que a compõe deve lhe guiar a contemplação, não se propõe aqui um desvinculamento da religião. Ela nos é importante para compreender um pouco a imensidão da divindade e da nossa crença. Da mesma forma a fé crítica, não tem menor valor. Ela é apenas, ainda mais frágil. Vale lembrar no que a fé se pauta. Claro que é preciso que se tenha consistência nos argumentos, para saciar as dúvidas pertinentes ao lado humano. Mas é preciso deixar que o espiritual, ultrapasse essas questões irrisórias.

E quando faltar confiança, lembre-se: Você não é único que passa por crise de fé. Segundo, não esqueça de reconhecer que crês, mas que ainda é pouco e que ainda que penses saber muito de Deus, nada sabes. E por fim, humildade e um olhar mais irrigado de unção para compreender antes de tudo a você mesmo. Fé no homem. Fé em Deus. O dom mais sensível, seja a tua força.


domingo, 19 de abril de 2015

Ensaio sobre as dores da vida.


Temas abstratos, sempre nos inserem a questionamentos relevantes. Seja de cunho transversal, moral, pessoal e universal. O intocável nos leva a transcender, afinal, somos dotados de desejo de buscar, compreender e transformar o meio onde estamos.
As dores da vida, remete-nos a questões filosóficas e nos insere a um quadro mais crítico de observância. É como se te colocassem na posição de um médico que buscasse cirurgicamente, consertar os problemas da ordem dos intocáveis, existentes em você. Mas, não se sabe ao certo o que nos leva a isso. Não somos, Einstein, Dostoievsky, tampouco, Drummond de Andrade.  Precisamos, urgentemente a todo tempo de respostas prontas, bem elaboradas, que saciem certas lacunas existenciais. E na ponta do lápis não é bem assim; Mas e quanto aos problemas, que utilidade possuem, senão a de transformar-nos, de impactar e causar espanto, converter e deixar-nos aos prantos? A grandiosidade deles, talvez, esteja atrelada as dores. E aqui, essa palavra, tenha sentido completo, sem especificações, devido a vasta gama de emoções que a compõem.
Engolir o choro. Erguer a cabeça. Bem aventurados, sejam aqueles que se superam todos os dias, em meio a correria, devaneios, pensamentos soltos e profundos, em meio a um mundo sovertido por gente derrotada e frustrada por suas escolhas.

“Viva a folia, a dor não presta, felicidade, sim. ”  –BUARQUE, Chico

É preciso desprender-se desses medos, verdadeiras correntes: Aprisionam, martirizam e frustram-nos. Libertação, esse é o caminho. Aprendamos com Chico Buarque, a vida é muito complexa, para nos preocuparmos com o que compreende o infinito e as relações fundamentais, impostas pela dor, frias e calculistas. A felicidade compreende um espaço de tempo prático, que nos conduz a novas atitudes.

“A flor também é ferida aberta e não se vê chorar. “ –BUARQUE, Chico.

Quais as feridas abertas, aí existentes? Você as conhece, talvez recomeçar, passe pela experiência do abandono das dores. Tornar racional, o desejo de eliminá-las e somente isso. A perfeição explicita da natureza nos ajuda a refletir, e nos tornarmos, fieis a essa arte divina. Capacita-nos a contemplar. A santa mãe natureza que irradie em nós, frutos da sua redenção. E se cada flor, ave-maria rezada, fosse uma lagrima, Nossa Senhora, virgem imaculada, olhando tal ramalhete de rosas machucadas, rogaria aos céus, a conversão da dor, em paz. A paz no silêncio. E silêncio em fim. Enfim o término das dores.

terça-feira, 22 de julho de 2014

A musica é o adorno da verdade.

"Como dizer Senhor, te amo, sem mesmo vê-lo? e ser incapaz de amar o outro, que está ao lado e se pode ver, pois quem não ama, não conhece a Deus."
-Trecho da música: Simplesmente amar.

"Eu sei que é dificil esperar, mas Deus, tem um tempo para agir e pra curar, só é preciso confiar"
-Trecho da música: Não desista de amar.

"Preciso ser o oposto do que o mundo é: Bater de frente com os meus desejos. Resistir o pecado até o fim. E uma hora ele fugirá de mim!"
-Trecho da música: Colisão.

Os exemplos citados acima, servirão para justificar o que direi adiante. 
Acredito que a musica é o adorno dos fatos, através dela é possível, dizer grandes verdades, de uma forma mais elegante. Se por acaso, alguém chega pra você e diz coisas, como: "Entregue-se a Cristo, ele é a maior razão de qualquer caminhada." Para alguém que nunca teve uma experiência com Ele, soará como algo monótono.Porém, o ritmo, melódia, a perfeita sintonia entre gaves e agudos, nos ajudam a nos compreender, e aceitar a verdade de forma fácil.

Há momentos em que podemos fazer duas escolhas: Optar por um som que edifique o nosso ser, ainda que este não seja religioso, nos ajude a refletir sobre o projeto de Deus em nossas vidas, e a tomar decisões favoráveis a nossa caminhada espiritual, ou simplesmente não sermos seletivos, escutar um som recheado de incentivos contra á castiade e que ofenda á valores que aprendemos a respeitar, desde pequeninos.

A musica também é fonte de inspiração,pois na escuta atenta,pode-se despertar o instinto criativo, onde colocar as habilidades em prática, inovar e se motivar á um novo projeto, se tornam taréfas fáceis. Que possamos refletir, se hoje as musicas que escutamos nos ajudam á termos um verdadeiro encontro com Deus, e consigo mesmo. Se nos edifica ou nos torna vulneráveis, aos interesses mundanos.

Em um contexto religioso, a música nos ajuda a celebrarmos bem a nossa liturgia,confirme aí: É ou não é, bom participar da Santa Missa, e escutar um salmo bem cantado. Uma paz invade o coração. Abençoados sejam aqueles que levam a música como forma de evangelizar, e mais... A levam a sério! Que colocam o coração em cada canção, para proclamar de fato as grandes obras de Deus. Que a música seja uma das pontes de mais fácil acesso, para o seu encontro com Cristo.
E não se esqueça que a música aparece como o complemento da oração, pois como já diria Sto. Agostinho, quem canta reza duas vezes.




segunda-feira, 21 de julho de 2014

Renda-se!


As vezes é tão dificl se decidir por Deus, parece mais um daqueles desafios de sudoku, onde são colocados inúmeros questionamentos e a razão conflita diretamente com a nossa facilidade de crer. Hoje você é convidado a se render de verdade á Deus. Precisamos ter a seguinte consciência: crer não é uma tarefa fácil, nem dificil, nós a complicamos. Se render requer uma postura de abertura de mente, é necessário reconhecer a autoridade que Deus tem na sua vida, mas que as vezes você não deixa se revelar, as vezes queremos ser senhores de nós mesmos, e o pior é que as vezes dá certo, o problema é que sem a ajuda do autor de todas coisas, fica dificil sequer lidar com os familiares, emprego, ciclos sociais. Imagine, uma vida inteira?

Quando um aparelho da marca A, tem um determinado problema, você não o  envia para ser consertado na assistência B ou na C. O mais prudente é recorrer ao verdadeiro fabricante do seu aparelho ou seja a assistência A. Em um contexto religioso, isso significa dizer, que se temos um problema não podemos recorrer aos inúmeros meios que são destruídores daquilo que de mais puro temos que é o nosso corpo, você conhece aquilo que te derruba, que te faz ficar defeituoso, as vezes é dificl travar uma luta consigo mesmo, mas as nossas fraquezas devem ser um dos motivos para buscarmos á Deus. Se confesse, ore, peça fé.

"Renda-se". Aprendemos na escola, que se trata de um verbo no modo imperativo. Mas não é incrivel como as coisas de Deus, contrariam a nossa humanidade? Quando Deus nos pede isso, quer dizer que espera de nós uma entrega, de corpo e alma. E não diz isso como um ditador, mas como um Pai que sentado á mesa com seu filhos, transmite seus ensinamentos de amor. O convite é muito mais prático, o roteiro é tão simples que um marujo de primeira viajem o faria tranquilamente, já diria São Francisco de Assis: Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possivel, e de repente você estará fazendo o impossivel. 

domingo, 20 de julho de 2014

Não deixe que te roubem de você.



A grande dificuldade dos nossos dias: Confiar em alguém. É tão dificil, passa por um processo e tem que preencher mais de 40 requisitos e qualidades. E depois disso, podemos verdadeiramente nos abrir com alguém.  Me lembro da única vez que fui assaltado, o panorama era perfeito, a direção era a escola, em plena segunda feira, depois de um domingo cansativo. Rua deserta, aquele rapaz olhou para mim e disse: “Ninguém merece escola depois de um fim de semana desses”  Aquelas palavras, surtiram em meu coração como uma semente, que brotava a esperança. “Alguém me entende!” - Festejei, interiormente. Mas por fora, apresentei apenas um sorriso. Fui cativado, por um ladrão. Na inocência de um adolescente, residia a esperança de fazer um novo amigo. Mas, a intenção daquele cara, era pegar o meu celular. E foi-se embora, com o aparelho.

Parei pra pensar, chorei por alguns instantes, suei frio. Meu mundo caiu. Em quem mais eu poderia confiar, depois desse episódio surreal? 

Vamos analisar essa situação, em um contexto religioso. Nosso coração é um espaço habitável, porém nós somos os porteiros desse grande canteiro de emoções, a partir do momento em que se aproximam de você, oferecendo-te aquilo que não encontras nos seus dias. Fácil, fácil! Tomarão conta da sua portaria. Seus sentimentos não foram criados para os outros admnistrarem. É claro, que devemos ouvir nossos amigos, eles nos ajudam a compreender a difícil missão de ser guardião das nossas vontades, e facilitam as nossas decisões, mas não pode passar disso.  Depois de escuutar aquele jovem e lhe contar as minhas frustrações, levantando a camisa me mostrou sua arma. Fiquei apreensivo, não tinha palavras. Sem gastar uma bala do seu revólver, me tirou a vida. Mas, eu ressuscitei. E dou graças!

Há pessoas que ultrapassando a fronteira da intimidade, escutam e partilham. Mas, até que ponto são honestas?  Deixa quieto. O convite de hoje é cativar o seu irmão, não roubá-lo, mas ao contrário consquistá-lo. Quando a conquista é verdadeira, não carece do desejo de fazer do outro seu objeto de satisfação, mas torná-lo único. Se até o amor de Deus, exige nosssa permissão para que possa agir em nossas vidas, não é um estranho que batendo a porta da grande mansão do amor (nosso coração) vai entrar e fazer a festa.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ano novo, tempo de estimular virtudes.

É jesus o autor de todos os momentos, aquele que faz o nosso coração em meio as turvulências da vida, se fazer mais forte.

É certo, que a renovação dos anos é um dos momentos mais mágicos que vivemos, pois carrega consigo uma mística, um valor inenarrável, que nos faz traçar caminhos ainda mais vibrantes, em busca da plenitude: Que se resume, na prática: em aproveitar, curtir com os amigos, viajar ou ir às compras. Só que não podemos parar por aí, essas coisas, nos dão uma motivação especial no que diz respeito ao prazer, mas este nunca deve ser o prato principal ele é o famoso arroz da nossa vida; Que sirva, apenas, de complemento. Para que neste novo ano se consiga estimular virtudes, deve-se ir à busca do que o mundo não pode oferecer: a paz interior, felicidade plena; e comunhão de ideias, pois quando as ideias se juntam, positivamente, se ultrapassa horizontes, que antes não eram possíveis nem de serem, almejados; Os horizontes nos remetem a tranquilidade e paz... Quando a paz interior se faz presente em nossos dias, a única inquietude é a do nosso coração, mas não é nada desagradável, é apenas o desejo de querer, e querer... Sempre mais, a presença do Deus vivo em nossos dias, e ser feliz, vivendo assim. Já a felicidade plena, não vem por acaso, nem por um passe de mágica, mas para alcançá-la é fundamental, educar o olhar, pois um olhar, que deixa os detalhes passarem despercebidos, impuro, cheio de maldade, e que carrega falsidade nunca será capaz de contemplar a natureza, a graça de Deus e suas infinitas variáveis. Portanto, amados, peçamos a Deus, as virtudes que nos aproximem Dele, para que se cumpra a sua promessa em nossas vidas (“Eis que faço novas todas as coisas" - Apoc. 21, 6) de uma maneira ainda mais verdadeira.

Paz,

Feliz Ano Novo.