A grande dificuldade dos nossos dias: Confiar em alguém. É
tão dificil, passa por um processo e tem que preencher mais de 40 requisitos e
qualidades. E depois disso, podemos verdadeiramente nos abrir com alguém. Me lembro da única vez que fui assaltado, o
panorama era perfeito, a direção era a escola, em plena segunda feira, depois
de um domingo cansativo. Rua deserta, aquele rapaz olhou para mim e disse: “Ninguém
merece escola depois de um fim de semana desses” Aquelas palavras, surtiram em meu coração
como uma semente, que brotava a esperança. “Alguém me entende!” - Festejei,
interiormente. Mas por fora, apresentei apenas um sorriso. Fui cativado, por um
ladrão. Na inocência de um adolescente, residia a esperança de fazer um novo
amigo. Mas, a intenção daquele cara, era pegar o meu celular. E foi-se embora,
com o aparelho.
Parei pra pensar, chorei por alguns instantes, suei frio.
Meu mundo caiu. Em quem mais eu poderia confiar, depois desse episódio
surreal?
Vamos analisar essa situação, em um contexto religioso.
Nosso coração é um espaço habitável, porém nós somos os porteiros desse grande canteiro
de emoções, a partir do momento em que se aproximam de você, oferecendo-te
aquilo que não encontras nos seus dias. Fácil, fácil! Tomarão conta da sua
portaria. Seus sentimentos não foram criados para os outros admnistrarem. É
claro, que devemos ouvir nossos amigos, eles nos ajudam a compreender a difícil
missão de ser guardião das nossas vontades, e facilitam as nossas decisões, mas
não pode passar disso. Depois de
escuutar aquele jovem e lhe contar as minhas frustrações, levantando a camisa
me mostrou sua arma. Fiquei apreensivo, não tinha palavras. Sem gastar uma bala
do seu revólver, me tirou a vida. Mas, eu ressuscitei. E dou graças!
Há pessoas que ultrapassando a fronteira da intimidade, escutam
e partilham. Mas, até que ponto são honestas?
Deixa quieto. O convite de hoje é cativar o seu irmão, não roubá-lo, mas
ao contrário consquistá-lo. Quando a conquista é verdadeira, não carece do
desejo de fazer do outro seu objeto de satisfação, mas torná-lo único. Se até o
amor de Deus, exige nosssa permissão para que possa agir em nossas vidas, não é
um estranho que batendo a porta da grande mansão do amor (nosso coração) vai
entrar e fazer a festa.
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