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domingo, 19 de abril de 2015

Ensaio sobre as dores da vida.


Temas abstratos, sempre nos inserem a questionamentos relevantes. Seja de cunho transversal, moral, pessoal e universal. O intocável nos leva a transcender, afinal, somos dotados de desejo de buscar, compreender e transformar o meio onde estamos.
As dores da vida, remete-nos a questões filosóficas e nos insere a um quadro mais crítico de observância. É como se te colocassem na posição de um médico que buscasse cirurgicamente, consertar os problemas da ordem dos intocáveis, existentes em você. Mas, não se sabe ao certo o que nos leva a isso. Não somos, Einstein, Dostoievsky, tampouco, Drummond de Andrade.  Precisamos, urgentemente a todo tempo de respostas prontas, bem elaboradas, que saciem certas lacunas existenciais. E na ponta do lápis não é bem assim; Mas e quanto aos problemas, que utilidade possuem, senão a de transformar-nos, de impactar e causar espanto, converter e deixar-nos aos prantos? A grandiosidade deles, talvez, esteja atrelada as dores. E aqui, essa palavra, tenha sentido completo, sem especificações, devido a vasta gama de emoções que a compõem.
Engolir o choro. Erguer a cabeça. Bem aventurados, sejam aqueles que se superam todos os dias, em meio a correria, devaneios, pensamentos soltos e profundos, em meio a um mundo sovertido por gente derrotada e frustrada por suas escolhas.

“Viva a folia, a dor não presta, felicidade, sim. ”  –BUARQUE, Chico

É preciso desprender-se desses medos, verdadeiras correntes: Aprisionam, martirizam e frustram-nos. Libertação, esse é o caminho. Aprendamos com Chico Buarque, a vida é muito complexa, para nos preocuparmos com o que compreende o infinito e as relações fundamentais, impostas pela dor, frias e calculistas. A felicidade compreende um espaço de tempo prático, que nos conduz a novas atitudes.

“A flor também é ferida aberta e não se vê chorar. “ –BUARQUE, Chico.

Quais as feridas abertas, aí existentes? Você as conhece, talvez recomeçar, passe pela experiência do abandono das dores. Tornar racional, o desejo de eliminá-las e somente isso. A perfeição explicita da natureza nos ajuda a refletir, e nos tornarmos, fieis a essa arte divina. Capacita-nos a contemplar. A santa mãe natureza que irradie em nós, frutos da sua redenção. E se cada flor, ave-maria rezada, fosse uma lagrima, Nossa Senhora, virgem imaculada, olhando tal ramalhete de rosas machucadas, rogaria aos céus, a conversão da dor, em paz. A paz no silêncio. E silêncio em fim. Enfim o término das dores.

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