Caríssimos como é bom, olhar para
o céu e contemplar a sua beleza. A simplicidade da vida e enxergar nisso a
realização de um olhar fatigado, pelas pedras que encontramos nessa difícil caminhada.
Por isso, somos tão repletos de dons. Eles nos capacitam a enxergar o mundo,
por um prisma diferenciado, instiga-nos a mudança e compreender nossas
fraquezas de forma a tornar-nos, superiores as adversidades.
Em meio a tantos dons, concedidos
pelo Espirito Santo, somos repletos de Sabedoria, Ciência, Fortaleza, etc. Mas, fico a questionar-me, Qual seria o dom
mais sensível. Aquele capaz de nos desestabilizar completamente. Abrir mão das
crenças, não sentir mais presença divina, desmembrar a trindade e torna-se ego,
apenas e somente apenas, isso. Este dom é compreendido em uma pequena palavra,
que transcende a humanidade. FÉ.
A sensibilidade desse dom está,
sobretudo em suas conotações. A sua maneira de crer é diferente que a da sua
mãe, que é diferente da do seu vizinho, que se difere de tantas outras pessoas
existentes. É uma variação de possibilidades, semelhantes ás genéticas. Logo,
cada um tem a sua maneira de se religar com o Divino. E aqui está o X da
questão. A experiência da fragilidade nos visita, quando somos incapazes de
enxergar o transcendente. É uma espécie de Eu cego que incomoda como espinha na
carne, martirizando e impedido a aproximação com algo maior. A fé é dom de
Deus. Ninguém começa a crer do dia pra noite por desejo próprio. Portanto
faz-se necessário que peçamos ao Pai celestial, que nos conceda esse dom em
proporções infinitamente maiores que nós. Pois esta graça nos supera. E é bom
mesmo que aconteça, certos acontecimentos místicos, não carecem de serem
descobertos.
A fé pode se manifestar em sua
vertente mais ingênua e por outro lado, mais crítica. E a sua certeza, em qual
parâmetro se encontra? Se por um lado esta é ingênua, parabéns. A beleza que a
compõe deve lhe guiar a contemplação, não se propõe aqui um desvinculamento da
religião. Ela nos é importante para compreender um pouco a imensidão da
divindade e da nossa crença. Da mesma forma a fé crítica, não tem menor valor. Ela é
apenas, ainda mais frágil. Vale lembrar no que a fé se pauta. Claro que é
preciso que se tenha consistência nos argumentos, para saciar as dúvidas
pertinentes ao lado humano. Mas é preciso deixar que o espiritual, ultrapasse
essas questões irrisórias.
E quando faltar confiança,
lembre-se: Você não é único que passa por crise de fé. Segundo, não esqueça de
reconhecer que crês, mas que ainda é pouco e que ainda que penses saber muito
de Deus, nada sabes. E por fim, humildade e um olhar mais irrigado de unção
para compreender antes de tudo a você mesmo. Fé no homem. Fé em Deus. O dom mais sensível, seja a tua força.
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